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Quais são as alterações oculares no tratamento de câncer ocular?

O tratamento do câncer ocular pode variar de acordo com o tipo, localização e estágio do câncer no olho. A doença pode ser tratada com braquiterapia, quimioterapia, cirurgia ou enucleação, que consiste na retirada do olho afetado pelo câncer.  Às vezes o tratamento de alguns tipos da doença podem ser agressivos e causar perda da visão, mas o principal objetivo do oftalmologista é salvar a vida do paciente. Se possível, salvar o olho e ainda preservar a melhor visão possível.

 

Efeitos colaterais da Braquiterapia Ocular


O cânceres oculares costumam ser resistentes ao tratamento com quimioterapia e radioterapia tradicionais, sobretudo no caso do Melanoma ocular. Por isso, é utilizado um outro tipo de radioterapia, conhecido como braquiterapia, que permite uma dosagem maior, suficiente para controlar o tumor. O tratamento por meio da braquiterapia utiliza radiações ionizantes para destruir a reprodução de células tumorais. Uma cirurgia costura a placa radioativa por fora do olho e o paciente fica alguns dias internado no hospital. Após este período uma nova cirurgia é realizada para a retirada da placa.

O tratamento com braquiterapia é eficaz e controla o tumor em 95% do casos, evitando a necessidade de retirar o olho. Além do Melanoma Intraocular, o tratamento é utilizado também para pacientes com Retinoblastoma, Carcinomas, tumores de retina e metástases intraoculares. Assim como a quimioterapia, a radioterapia também possui efeitos colaterais, a depender do tamanho e localização do tumor:

 

  • Catarata
  • Visão dupla
  • Retinopatia da radiação
  • Hemorragia interna no olho

Efeitos colaterais da Quimioterapia


O tratamento de câncer ocular é realizado por meio de quimioterapia, principalmente em casos de Retinoblastoma, câncer causado por uma alteração genética e que atinge crianças. A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células malignas. A quimioterapia é um tratamento sistêmico, que afeta não apenas as células cancerígenas como também as células sadias do organismo, sobretudo as da medula óssea. As alterações oculares durante o tratamento são:

 

  • Paralisia dos músculos extraoculares
  • Deficiência lacrimal (olho seco)
  • Atrofia óptica
  • Opacidade da córnea
  • Ardor ocular
  • Conjuntivite
  • Ceratite (inflamação da córnea)

 

Hoje existe a opção de quimioterapia intra-arterial, utilizando o quimioterápico direto na artéria do olho, diminuindo os efeitos colaterais e permitindo que casos mais graves sejam curados.

 

Melanoma e Retinoblastoma


O câncer ocular é uma doença rara que surge em razão da reprodução de células malignas  do olho. Silenciosa e muitas vezes assintomática, a doença no início é diagnosticada através de exames médicos periódicos. Há diversos tipos de tumores intraoculares que se originam a partir dos tecidos dos olhos. O Retinoblastoma e o Melanoma são os tipos mais perigoso, que matam o paciente se não tratados a tempo.

O tipo mais comum em adultos é o Melanoma Intraocular ou Coroide. A doença acomete cerca de 1.600 brasileiros por ano. Este Melanoma afeta diretamente a coroide, camada do olho entre a esclera e a retina. Já o Retinoblastoma é um tipo de tumor ocular que afeta crianças. Em aproximadamente 15% dos casos a doença possui caráter hereditário.

Esse tipo de câncer surge nas células da retina e pode se manifestar a partir do nascimento até os 5 anos de idade. O sintoma mais frequente de pacientes com retinoblastoma é o reflexo branco da pupila ao entrar em contato com a luz do flash da câmera, conhecido como leucocoria.

Por isso, os pais precisam ficar atentos aos sintomas e sempre buscar orientação junto ao médico para maiores informações. O diagnóstico precoce é fundamental para que o tratamento seja bem-sucedido e para isso é preciso realizar consultas e exames oftalmológicos periódicos.

 

Principais sintomas do câncer ocular

 

  • Problemas para enxergar
  • Pontos ou flashes de luz atrapalhando a visão
  • Perda parcial do campo visual
  • Ponto escuro na íris ou na parte branca do olho
  • Mudança das dimensões ou na forma da pupila
  • Alteração na posição do globo ocular
  • Olhos proeminentes
  • Mudança no movimento do olho dentro da órbita

Leia mais sobre braquiterapia ocular aqui

Leia mais sobre retinoblastoma aqui

Em 2020 a família Belfort completa 100 anos de oftalmologia e 120 anos de visão. São 4 gerações de professores pesquisadores e 5 gerações em ótica, desde o tataravô astrônomo. Somos especialistas em tratar doenças dos olhos e promover saúde ocular e boa visão. Excelência da medicina moderna, com o carinho e cuidado da medicina de antigamente.

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Artigo escrito pela equipe da Clínica Belfort. Atualizado em 2020. Proibida reprodução parcial ou total sem autorização. Este artigo contém apenas informações gerais sobre doenças oculares e não substitui a avaliação por oftalmologista.