Nevus são pequenos tumores benignos, que geralmente conhecemos como “pintas”. Estas pintas podem estar na conjuntiva, que é a membrana que cobre a parte branca dos olhos. Estas pintas são congênitas (desde que o paciente nasce), mas as vezes só aparecem depois de alguns anos, quando a pinta fica maior e mais escura. As vezes só são percebidas no final da infância ou na adolescência. O exame com médico experiente na imensa maioria das vezes permite diferenciar os nevus de tumores malignos (câncer), que também pode afetar a conjuntiva. Esta diferença é fundamental já que nevus geralmente não precisam ser tratados, mas os melanomas se não tratados ameaçam a vida dos pacientes.
Apesar de não serem cancer, os nevus de conjuntiva podem acometer crianças, adolescentes e adultos e em alguns casos podem trazer prejuízo psicológico para o paciente e, pela questão estética, as vezes contribuindo até para bullying. Neste caso, há vantagem na remoção cirúrgica para melhora estética.
Em 50% dos casos que tratamos de todo o Brasil e América Latina a queixa é estética, a outra metade é nos casos suspeitos do nevo ter crescido e virado câncer.
Quando vira câncer a pinta se transforma num tumor chamado melanoma, um cancer maligno e com risco de morte – ele pode espalhar pelo corpo. Nestes casos o nevo cresce de tamanho e devem ser avaliados com muito cuidado, porque o melanoma coloca em risco a visão e a vida dos pacientes. Em adulto estas pintas nunca devem crescer!! Se crescer é câncer até que se prove o contrário. Mesmo em crianças ou adolescentes um crescimento grande pode ser sinal de transformação em câncer. Se crescer a lesão deve ser removida utilizando os princípios mais modernos da cirurgia oncológica ocular – margem de segurança, crioterapia, técnica de “no touch”, para aumentar a chance de cura. A pinta retirada é enviada para um bom patologista experiente em câncer ocular para ter o diagnóstico adequado.
Sintomas
Geralmente o paciente ou seus familiares enxergam o nevus na superfície do olho. É muito comum que os pais dos pacientes digam que a pinta era pequena e cresceu e ficou mais escura na primeira década de vida da criança ou na adolescência. As vezes a pinta pode ficar inflamada e o olho da criança ficar vermelho ou incomodar. Crianças com alergia nos olhos também podem ter mais coceira no olho com o nevus.
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Tratamento
O oftalmologista examina o olho e, pelas características da pinta faz o diagnóstico de nevus ou de lesão com risco de ser câncer. Desta maneira geralmente não é necessário remover a pinta, se o exame indica que não é nada mais grave. Um oftalmo experiente consegue diferenciar as duas doenças. Neste caso tentamos esperar até que a criança seja mais velha para operar, para anestesia e cirurgia mais seguras. Se a pinta começa a crescer muito é recomendado que seja removida tanto por questão estética quanto para confirmar que é apenas um nevus benigno sem nenhuma célula de câncer. O Melanoma de conjuntiva, a versão maligna desta pinta, é um câncer muito grave desta parte do olho e pode ter origem na pinta benigna (nevus), sendo fundamental diferenciar as duas lesões.
Não existem colírios para resolver o problema, apenas cirurgia. No caso da pinta ser grande e causar problema estético ou problemas psicológicos para a criança, ela deve ser removida. Depois da cirurgia a pinta é enviada para o patologista que confirma o diagnóstico. Depois de removida a pinta não costuma voltar, mas o paciente deve ser acompanhado.
Na cirurgia utilizamos técnicas especiais que aumentam a chance da pinta toda ser removida, diminuindo o risco dela voltar ou de ficarem células malignas na superfície do olho. Isso também diminui o risco da pinta “voltar”, o que causa incômodo para o paciente.
Dr Rubens Belfort Neto foi chefe do maior serviço de oncologia ocular da América Latina e presidente da Sociedade Pan-Americana de Oncologia Ocular. Além de professor e pesquisador em oncologia ocular atende na clínica Belfort pacientes de toda América Latina.
Em 2020 a família Belfort completa 101 anos de oftalmologia e 121 anos de visão. São 4 gerações de professores pesquisadores e 5 gerações em ótica, desde o tataravô astrônomo. Somos especialistas em tratar doenças dos olhos e promover saúde ocular e boa visão. Excelência da medicina moderna, com o carinho e cuidado da medicina de antigamente.
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Artigo escrito pela equipe da Clínica Belfort. Atualizado em 2022. Proibida reprodução parcial ou total sem autorização. Este artigo contém apenas informações gerais sobre doenças oculares e não substitui a avaliação por oftalmologista.