O teste do olhinho é o primeiro exame oftalmológico realizado no recém-nascido, ainda na maternidade. O exame é realizado pelo pediatra e permite identificar uma série de problemas no olho, incluindo o temido retinoblastoma, um câncer que afeta o olho por dentro e pode matar a criança se não tratado a tempo.
O exame avalia a luz que entra no olho do bebê e é refletida de volta para o médico e permite identificar alterações em várias partes do olho, como o cristalino, vítreo e retina. Por isso este teste também é chamado de “teste do reflexo vermelho” porque o médico consegue ver a luz vermelha que volta de dentro do olho, e comparar um olho com o outro. Se o médico percebe alguma alteração o bebê é encaminhado para exame oftalmológico especializado.
Doenças que podem ser identificadas pelo reflexo do olhinho incluem diferença grande de grau entre os olhos, catarata, doenças da retina e retinoblastoma, um câncer raro, mas que se não tratado causa a morte da criança.
Em muitas cidades e estados o teste já é obrigatório por lei e todos os convênios cobrem o exame.
O exame do olhinho normal quer dizer que a criança não tem nada?
Infelizmente não, o exame do olhinho ajuda a identificar uma série de doenças, mas não é 100% preciso. Também precisamos lembrar que às vezes a doença aparece depois que o bebê deixou a maternidade, neste caso o primeiro teste do olhinho seria normal. Por isso é importante que o pediatra repita o teste nas visitas de rotina e que os pais contem qualquer problema que a criança apresente, como olho vesgo (estrabismo), olho vermelho, etc.
Os pais e o pediatra devem acompanhar o desenvolvimento ocular das crianças e comparar a visão entre os olhos, isso permite que qualquer problema seja reconhecido logo e que a criança seja encaminhada para o oftalmologista. Claro que exames periódicos com oftalmologistas também podem ser solicitados pelo pediatra como julgar necessário.
Este artigo e vídeo foram produzidos pela equipe da Clínica Belfort em 2021. Proibida reprodução parcial ou total sem autorização. Estas informações são gerais e não substituem consulta com médico oftalmologista.